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Voltar Publicado em: terça-feira, 6 de julho de 2021, 5h13

AGS, Agigo e DFSuin debatem Senecavirus A e Febre Aftosa, com apoio da ABCS

As Associações promoveram um workshop sobre os temas na última sexta-feira

Na última sexta-feira (02), a Associação Goiana de Suinocultores (AGS), a Associação dos Granjeiros Integrados de Goiás (Agigo), e a Associação de Criadores de Suínos do Distrito Federal (DFSuin), com apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), organizaram um Workshop sobre o senecavírus A e a febre aftosa, uma demanda das afiliadas do centro-oeste a respeito das implicações e desafios que essas doenças geram para a suinocultura. O webinar foi transmitido ao vivo e online pela 333 Brasil, para mais de 367 participantes. Todo o evento está disponível no YouTube!

O presidente da DFSuin, Josemar Medeiros, abriu o Workshop falando sobre como é importante fomentar essa conversa, tendo em vista a relevância dessas doenças para todo setor suinícola. “A nossa atividade já está sujeita a muita volatilidade, e este tema é importante para que não seja necessário mais essa adrenalina. Quanto mais informações sobre esse tema e sobre sanidade em geral, melhor para a nossa cadeia.” Fala corroborada pelo diretor financeiro da AGS, Fernando Cordeiro. “Agradecemos a ABCS e aos demais presentes pelo apoio, sem dúvida esse assunto é de grande importância para a cadeia. Vemos o aumento das áreas com status de Zona Livre de aftosa sem vacinação como uma grande oportunidade para colocar esse assunto em pauta.” 

E para falar sobre o tema, as associações receberam um time de especialistas. Foram eles o médico veterinário e professor da UFRGS, David Barcelos, o médico veterinário e gerente de serviços veterinários da Agroceres Pic, Gustavo Simão, a médica veterinária e Coordenadora do Programa de Febre Aftosa e Doenças Vesiculares do Distrito Federal (MAPA), Priscila Moura, e o médico veterinário e fiscal estadual agropecuário (MAPA), Guilherme Barbosa. 

As enfermidades

O senecavírus A é uma doença autolimitante em suínos, caracterizada pelo desenvolvimento de vesículas na região do focinho e/ou partes distais dos membros anteriores e posteriores, especificamente nas regiões da coroa do casco e na área interdigital. Apesar de produzir sintomas visíveis, o exame clínico não é suficiente para se diagnosticar a doença, tendo em vista que os sinais clínicos são semelhantes a outras doenças vesiculares.

Já a febre aftosa é uma doença viral e infecciosa aguda que causa febre, seguida pelo aparecimento de vesículas na cavidade oral e nas patas dos animais. O vírus está presente no líquido das vesículas e também na saliva, no leite e nas fezes dos animais afetados. No pico da doença o vírus aparece presente também no sangue. A contaminação de qualquer objeto pode se tornar uma fonte perigosa de transmissão do vírus da febre aftosa de um rebanho a outro, não havendo tratamento para os animais acometidos. Há muitas décadas não existem relatos da circulação viral de febre aftosa nos rebanhos de suínos, sendo esta uma doença de notificação obrigatória.

Muito relevantes na suinocultura, estas doenças podem causar grandes impactos econômicos e na saúde do rebanho. Além disso, pode levar a queda nos índices de produtividade, aumento do descarte de matrizes e mortalidade de leitões, acarretando em prejuízos financeiros que afetam as granjas como um todo.

A diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke, explica que hoje no Brasil vários estados já conquistaram o status sanitário de Zona Livre de Aftosa sem Vacinação pela OIE, uma importante conquista para o agronegócio brasileiro, que resguarda o rebanho e projeta o país nos mercados internacionais. Ela reitera também que se identificada alguma suspeita de doença vesicular é necessária a comunicação ao Serviço Veterinário Oficial (SVO), que irá na propriedade e fará a colheita das amostras, com a posterior realização de exames laboratoriais para o diagnóstico da suspeita de febre aftosa, e diagnóstico diferencial para outras doenças vesiculares. 

Veja o evento completo!