Uma alimentação equilibrada com carnes pode te ajudar a fortalecer o sistema imunológico, além de prevenir doenças

Ricas em vitaminas e minerais, de modo geral, as carnes, entre elas a suína, são excelentes fontes de proteína animal. As proteínas são nutrientes formados por aminoácidos que ajudam a compor partes essenciais do corpo humano, como a constituição dos tecidos musculares e da pele. Além disso, elas são indispensáveis para a realização de algumas funções corporais como a manutenção do sistema nervoso através da formação de neurotransmissores responsáveis por transmitir impulsos nervosos que estimulam os pensamentos e movimentos, na produção de massa muscular e novos tecidos, na produção de colágeno, que mantém a saúde das unhas, cabelos, tendões e articulações. No transporte de oxigênio no sangue, no fornecimento de energia para o corpo, auxílio na digestão dos alimentos e na absorção dos nutrientes. Além disso as proteínas e são também as grandes responsáveis pela produção de anticorpos, as células de defesa do organismo, essenciais no momento de pandemia que vivemos.  

O Doutor Daniel Magnoni, médico especialista em nutrologia e consultor da ABCS, explica que do ponto de vista metabólico, a imunidade faz parte de um dos mais importantes momentos do corpo humano. “Com a imunidade nós resistimos a infecções, inflamações e agressões ao corpo. Quando respiramos, inspiramos junto ao ar, bactérias. Quando comemos, podemos ingerir também bactérias. Quando há um desequilíbrio entre o organismo e o tipo de bactéria, acontecem as infecções bacterianas e virais que o nosso organismo precisa combater.” Neste contexto de pandemia e crise sanitária a proteína animal se torna um agente de autopreservação essencial, pois uma das principais formas de fortalecer o sistema imunológico é através da alimentação. “É por meio da alimentação que ingerimos vitaminas, minerais, gorduras, carboidratos, fibras e proteínas. Dentre todos esses nutrientes, o mais importante para o sistema imunológico são as proteínas.” 

Mas e a carne suína?

A carne suína é uma das fontes mais ricas em proteína de bom valor nutricional, que segundo o nutrólogo, mede a qualidade dos aminoácidos presentes na proteína. “Podemos pensar na proteína como um terço católico, composto por muitas contas que representam os tipos de aminoácidos. Em comparação com outros tipos de carne, a suína ganha no coeficiente nutricional, pois apresenta um melhor comparativo em relação ao perfil de proteínas, os níveis de gordura saturada e calorias totais. Além disso a carne suína tem uma digestibilidade maior que as outras carnes.”  O Doutor afirma ainda que na hora de escolher o corte de carne suína, não existem contraindicações, mas que deve-se ter cuidado para não exagerar ao consumir os cortes mais ricos em gordura saturada. Ele aproveita para indicar quais são os cortes mais magros, que serão maiores aliados na hora de priorizar a saúde e a estética, como o filé mignon, pernil e o lombo suíno, e para também explicar que a maior parte da gordura presente nos cortes suínos é extramuscular e pode ser retirada antes do preparo. 

Ele ressalta ainda que para manter uma vida saudável é preciso reduzir o consumo de sal, açúcares, carboidratos e gorduras saturadas, além de praticar exercícios físicos. É importante manter também uma alimentação diversa e equilibrada, comendo alimentos de todos os tipos, como carnes, vegetais, grãos, frutas e legumes com parcimônia. Porém o Doutor alerta que em relação a quantidade de proteínas, as carnes não podem ser substituídas na mesma proporção pela proteína vegetal, pois eles possuem um valor proteico muito menor. Além disso, um dos pontos positivos em relação ao consumo da proteína animal é a maior facilidade de absorção de ferro, enquanto o ferro de origem animal está pronto para ser absorvido pelo organismo, o de origem vegetal precisa de vitamina C para entrar nas células e pode ser barrado por outros nutrientes quando consumidos em uma mesma refeição, ocasionando sérios problemas como anemia. A falta da vitamina B12 nos alimentos de origem vegetal também merece atenção, pois a deficiência grave deste nutriente pode lesionar os nervos, causar problemas cardíacos e neurológicos, entre outros sintomas desagradáveis. Ele finaliza dizendo que hoje a ciência entende que a partir dos 12 anos de idade, consumir em torno de 90 a 120 g de proteína animal por dia é o ideal para a manutenção da saúde humana.  

A ABCS trabalha constantemente na comunicação e educação dos consumidores para conscientizar sobre as vantagens nutricionais acerca do consumo da carne suína. Além de informações sobre saúde disponíveis no portal Escolha Mais Carne Suína, a ABCS ainda trabalha em parceria com as associações afiliadas ao Sistema com campanhas temáticas, conteúdo para redes sociais, capacitações de profissionais de saúde e de consumidores em geral com médicos e nutricionistas sobre o tema, sensibilizando e impulsionando o consumo da proteína, que em cinco anos apresentou um crescimento de cerca de 20%, alcançando em 2020 o marco de 16,88 kg per capita.