Voltar Publicado em: quinta-feira, 28 de junho de 2012, 3h08
Diário da Crise – Crise na suinocultura deixa todo país em situação de emergência
Crise na suinocultura deixa município de SC em situação de emergência
Custo de produção do animal vivo supera o preço de venda aos frigoríficos. Economia do município de Braço do Norte depende das criações.
O município de Braço do Norte, em Santa Catarina, cuja economia depende quase que exclusivamente das criações, decretou situação de emergência.
Parte da produção de suínos foi reduzida nos últimos tempos na propriedade no município de Braço do Norte, no sul de Santa Catarina. O custo de produção do animal vivo tem superado o preço de venda aos frigoríficos.
O criador Diogo Becker recebe R$ 1,70 pelo quilo do porco. “Estamos pensando em baixar mais 10% o plantel. É inviável trabalhar com os preços que estão sendo pagos”, avalia. Segundo a Associação dos Criadores de Suínos de Santa Catarina, essa é a pior crise em dez anos. Nos últimos 18 meses, os suinocultores de Santa Catarina já perderam R$ 1 bilhão. O município de Braço do Norte tem um plantel de 270 mil animais e 200 criadores de suínos. A economia da região gira em torno da suinocultura. O município decretou situação de emergência por causa da crise no setor.
Para tentar chamar a atenção do poder público, representantes da associação dos criadores irão no dia 12 de julho a Brasília e farão um ato pacífico para pedir ajuda do governo federal para tentar salvar a suinocultura catarinense.
Aumento do custo de produção dificulta criação de suínos em MG
Preço do farelo de soja, usado na ração, registrou alta de 55%.Produtor também sofre com a constante queda no valor pago pela carne.
Os criadores de suíno do centro-oeste de Minas Gerais estão trabalhando no vermelho por causa do aumento no custo de produção. O preço do farelo de soja, usado na ração, subiu bastante e o mercado não paga o suficiente para repor essa alta.
A granja em Pará de Minas envia 500 animais para o abate toda a semana. O produtor independente Igor Parreiras teve de fazer um empréstimo para manter a produção nos próximos dois meses. O custo da ração é um dos motivos da descapitalização do criador.
Esta semana, a tonelada do farelo de soja chegou a ser comercializada por R$ 1 mil em algumas regiões de Minas Gerais. Houve um aumento de 55% em relação ao mesmo período do ano passado. Além do aumento do custo de produção, o produtor sofre com a constante queda no preço pago pela carne.
Os 140 associados da cooperativa também reclamam da situação. “Não há como tocar a atividade com essa comercialização baixa e insumos altos”, diz Geraldo Resende, diretor da cooperativa. Em um ano, o valor pago pelo quilo do animal vivo na região centro-oeste de Minas Gerais caiu 17%.
Fonte: G1
Publicado em 28/6/2012