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Voltar Publicado em: sexta-feira, 13 de julho de 2012, 8h05

Produtores de suínos demostram força política em Brasília

Produtores de suínos demostram força política em Brasília

Apesar do protesto público, suinocultores ainda consideram medidas insuficientes


Na madrugada desta quinta-feira (12/07) já foi possível notar a união do setor de suínos. Às 05h da manhã, mais de 300 suinocultores de diferentes estados do país se reuniam no café da manhã em frente ao Teatro Municipal para dar início ao grande ato público, que às 09h já reunia mais de 700 produtores no Congresso Nacional. Vestidos com uniformes que estampavam o nome da manifestação “Preço Justo para Produzir”, os suinocultores pediram medidas emergenciais ao governo para auxiliar no combate à crise que afeta o setor.

Ao som de apitos e cornetas, os suinocultores carregavam faixas com frases de protesto. “A suinocultura brasileira pede socorro”, dizia umas das faixas, reforçando a indignação com as medidas apresentadas durante a audiência pública que ocorreu no Senado Federal. O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, e o Secretário de Política Agrícola, Caio Rocha, anunciaram algumas medidas para o setor, mas na análise da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), as medidas ainda são insuficientes para solucionar a crise.

O prejuízo acumulado ao longo dos meses já soma mais de R$ 4 bilhões e ameaça fechar centenas de granjas, atingindo diretamente cerca de um milhão de brasileiros que trabalham no setor. “A política de preço mínimo para a suinocultura, uma das principais reivindicações da categoria, não foi anunciada pelo governo. Sem a política de preço mínimo, a crise tende a seguir seu curso de prejuízos para o setor”, explicou o presidente da ABCS.

Entre as medidas anunciadas pelo governo, está a autorização para uma linha de crédito especial de R$ 200 milhões para que as industrias possam adquirir leitões ao preço de referência de R$ 3,60 o Kg vivo. A taxa de juros será de 5,5% ao ano. O governo também decidiu prorrogar as dívidas de custeio com vencimento ou já vencidas em 2012 para até janeiro de 2013.

O ministro ainda garantiu que os produtores terão uma linha de crédito para financiamento das dívidas fora do governo anunciou ainda que, dependendo da reação do mercado, o governo prevê a definição do preço de referência para a carne suína em caráter excepcional (até 28/12/2012) para as operações de subvenção de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) no valor de R$ 2,30/kg por animal vivo. A medida, segundo o governo, valeria para mercadorias originárias da Região Sul e com limite de 50 mil toneladas para cooperativas. sistema bancário, que podem ser contraídos junto a cooperativas, cerealistas, fornecedoras de insumo e tradings. Os recursos, segundo o ministério, poderão ser do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) ou de outras fontes a serem identificadas. Os juros, nestes casos, serão de 5,5% ao ano, com prazo de cinco anos para que o produtor possa efetuar o pagamento.

Confira no quadro abaixo as medidas atendidas e as solicitações que continuarão sendo feitas pela ABCS:

Reivindicações atendidas

 

 

  1. 1. Prorrogação automática dos vencimentos das operações de custeio, por seis meses;
  2. 2. Prorrogação automática dos vencimentos das operações de investimento, parcelas vencidas e a vencer, para o primeiro ano subsequente ao final do contrato.
  3. 3. Crédito emergencial de retenção de matrizes, de R$ 500,00 por matriz, com o limite de R$ 1,2 milhões por CPF; (com a possibilidade de rever para R$ 2 milhões, o limite de 1,2 mi  implementado)
  4. 4. Implementação da Linha Especial de Crédito de Comercialização (LEC) para estimular a estocagem de carne e enxugamento do mercado de suínos vivos pela agroindústria, frigoríficos e varejo, limitado a R$ 40 milhões por tomador e limite de 200 milhões;
  5. 5. Suspensão de Novos investimentos, o MAPA solicitou que não sejam liberados novos investimentos enquanto não passar a crise.

Reivindicações que continuarão

sendo solicitadas pela ABCS

  1. 1. Criação do Fundo Garantidor de Crédito do Agronegócio (FGC Agro), esta medida Facilitaria a liberação de crédito extra limite para os produtores de suínos nas operações de custeio, pois o fundo garantidor de crédito avalizaria a operação financeira do produtor rural
  2. 2. Inclusão da cadeia produtiva da suinocultura aos produtos amparados pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), seja por decreto ou por lei;
  3. 3. Subvenção direta ao produtor independente de suínos, nos moldes da subvenção econômica concedida os produtores independentes de cana de açúcar da região da SUDENE, previsto na Lei 12.666, de 14 de julho de 2012. A demanda de recursos para a subvenção, até 31.12, é de R$  600 milhões, muito próximo do que foi concedido pelo Governo a outras culturas. Neste caso o produtor de suínos receberia a diferença de entre o preço de venda da nota fiscal de entrega ao frigorífico e o custo de produção regional estabelecido pelo governo, até o limite de R$ 0,40 centavos por quilo de suínos vivo.

 

 

 

 

Fonte: ABCS
Publicado em 13/7/2012