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Voltar Publicado em: sexta-feira, 19 de dezembro de 2014, 12h22

ABCS cria FNDS para potencializar trabalho pelo setor

ABCS cria FNDS para potencializar trabalho pelo setor

Astap, Coosuiponte, Assuvap e Suinco assinam termo de apoio à nova iniciativa

 

A criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), anunciada na última quarta-feira, em Belo Horizonte, é mais um grande passo para o crescimento, o desenvolvimento e a valorização da suinocultura brasileira. Com a força inicial de 110 mil matrizes, o FNDS concretiza uma antiga aspiração da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e uma antiga necessidade de um setor que visa avançar.

Segundo o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, um setor que busca ser forte precisa, necessariamente, ter uma associação de classe estruturada para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades em áreas como a representação política, o marketing do produto e a formação dos integrantes da cadeia.

“A suinocultura brasileira não pode andar para trás depois dos avanços dos últimos anos em diversos campos dos quais, hoje, já experimentamos resultados positivos em vários campos. O Fundo Nacional é uma necessidade para manter isso e avançar. Temos muitos desafios e oportunidades e o progresso no futuro será proporcional ao apoio e a força da associação nacional. Todos os produtores independentes e integrados serão convocados a participar, precisamos chegar a 700 mil matrizes e assim garantir o futuro da atividade”, resume Lopes.

Segundo ele, o autofinanciamento da associação nacional é a única alternativa para enfrentar desafios e aproveitar oportunidades como manter e ampliar a competitividade de todos os suinocultores, ganhar a preferência dos consumidores, aumentar o consumo, novas exigências em bem-estar animal, a instabilidade do mercado, a representação política, entre muitas outras.

“Para o bom posicionamento do setor em dezenas de questões, é preciso de uma ampla estrutura de profissionais capacitados e contato direto com os produtores. Hoje, temos um orçamento 16 vezes menor que outras entidades nacionais e 200 vezes inferior a associação dos suinocultores dos EUA”, comparou.

Além disso, lembrou o presidente, o financiamento externo à associação será mantido apenas durante mais três anos. “A ABCS tem o compromisso com o Sebrae, hoje sua principal fonte de recursos, em prosseguir com seus projetos de maneira auto-suficiente a partir de 2018. Ou seja, temos data para a ABCS funcionar por si só”, finalizou.

Pioneiros

A percepção de produtores, cooperativas e frigoríficos sobre a necessidade do FNDS motivou quatro entidades a serem as pioneiras em destinar recursos financeiros. Assuvap, Coosuiponte, Astap e Suinco deram exemplo a outros produtores de todo o país e foram os primeiros a se comprometer em realizar repasses financeiros ao FNDS.

O presidente da Coosuiponte, João Leite, afirmou que está comprometido com o FNDS e argumentou que o desenvolvimento da suinocultura brasileira passa, necessariamente, pelo fortalecimento da ABCS.

“Acreditamos muito nisso. Não há alternativa para a suinocultura que não seja uma associação nacional forte. Fazendo o marketing da carne suína, a representação política e defendendo a classe. E para isso temos que fortalecer a ABCS financeiramente”, resume.

A presidente da Assuvap, Patrícia Morari, também manifestou apoio ao FNDS. “Vemos o trabalho realizado pela ABCS e, por isso, acreditamos e apoiamos a iniciativa. Assim, vamos trabalhar para construir junto aos nossos associados e nossa participação no Fundo. E esperamos que muitas outras associações e produtores também apoiem pois será positivo para todos”, diz.

O presidente da Astap e diretor-conselheiro da Suinco, Ricardo Bartolo, também foi pioneiro em se comprometer com o fundo pelos resultados já apresentados pela ABCS e o PNDS (Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura) na divulgação da carne suína.

“Nós somos convictos que o produtor precisa colocar a cara para fora da granja. E pela primeira vez temos isso na suinocultura. Hoje disputamos mercado com outras carnes e nosso marketing tem que ser feito de forma institucional. Entendo que é nossa obrigação contribuir para que possamos ser mostrados ainda mais como uma carne saudável e competitiva”, comenta.

Até o momento, segundo a diretoria da ABCS, outras cinco entidades estaduais e produtores de diferentes partes do país já manifestaram a intenção de apoiar o FNDS e, assim, novas adesões surgirão em breve. “É necessário que todo o setor esteja comprometido e colaborando para que as ações de marketing, produção e indústria realizadas no país não parem. O futuro da suinocultura brasileira está ligado ao aumento de consumo no mercado interno e isso os números já evidenciam”, conclui o presidente da ABCS.

Fonte: ABCS
Publicado em 19/12/2014