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Voltar Publicado em: sexta-feira, 4 de dezembro de 2020, 10h38

ABCS debate Peste Suína Clássica com afiliadas

A reunião contou com a equipe do Departamento de Saúde Animal do MAPA

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) iniciou o mês de dezembro convocando as suas afiliadas (CE, BA, MT, MS, GO, MG, DF, ES, SP) para tratar do tema Peste Suína Clássica (PSC) na zona não livre (ZnL). A reunião aconteceu no último dia (02), de forma online, e a convite da ABCS a audiência contou com os representantes do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Na oportunidade o Diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do MAPA, Geraldo Moraes participou do encontro para explicar as diretrizes do Plano Estratégico Brasil livre de Peste Suína Clássica e quais são as perspectivas de execução do mesmo para 2021.

Atualmente a ABCS representa quase 20 mil suinocultores e segundo o presidente da entidade, Marcelo Lopes, a agenda apresentada é uma prioridade da suinocultura nacional tendo em vista que a doença existe na ZnL e por isso atuar na região é fundamental. “Vamos focar em construir o status sanitário de país livre da doença e para isso será necessária uma atuação em conjunto – MAPA e com toda a cadeia da suinocultura. Um trabalho que necessita a união e o compartilhamento de responsabilidades”. Lopes, disse ainda que a ideia é iniciar o ano de 2021 com as atividades estabelecidas e assim dar continuidade na execução do plano elaborado pelo MAPA.

Na oportunidade o diretor do DSA do MAPA, Geraldo Moraes explicou que em virtude da ampla área geográfica da ZnL, que abarca diferentes realidades socioeconômicas, ambientais e epidemiológica e necessária uma intervenção de forma regionalizada e por isso a proposta do MAPA é realizar um projeto piloto em Alagoas (AL). Já o médico veterinário e auditor fiscal agropecuário do DSA, Guilherme Takeda, que na reunião fez uma breve apresentação do Plano Brasil Livre de PSC, contextualizou as lideranças da suinocultura a importância de atuar de forma conjunta, iniciativa privada e governo. “Tem que haver união para realizar as premissas do Plano, pois são várias etapas que vão desde o fortalecimento do Serviço Veterinário Oficial (SVO), do sistema de vigilância para as doenças dos suínos, incluindo a implantação de um programa de vacinação sistemática contra a PSC de forma regionalizada”, ponderou Takeda.

A diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke complementou dizendo que se a PSC for notificada na zona livre (ZL), o Brasil pode perder o status sanitário (OIE) causando prejuízos para toda a suinocultura. “Hoje os 11 estados que compõe a ZnL possuem um rebanho de 5,6 milhões de suínos. Já a zona livre do país é composta de 16 estados (SC, RS, AC, BA, ES, GO, MT, MS, MG, PR, RJ, RO, SP,ZZ, TO, e DF), processo que priorizou as regiões de maior relevância para produção e exportação de suínos e seus produtos, e o combate da doença é uma causa de toda a cadeia, pois a entrada de PSC em algum estado que esteja localizado na ZL poderá impactar diretamente nas exportações e consequentemente no mercado interno”.

Ainda na oportunidade os participantes puderam fazer perguntas a equipe do MAPA referente ao recurso que será disponibilizado pela Pasta para realizar a execução do Projeto. De acordo com a explanação do MAPA, o Plano é prioridade e a equipe está buscando viabilizar recursos em conjunto com a iniciativa privada. Ainda reforçou que a realização das ações do Plano deve ter a durabilidade de 5 a 10 anos. Entretanto, o valor do recurso ainda não foi definido pois está dependendo do orçamento estipulado pelo governo federal para 2021. A equipe do DSA apresentou também os valores macro do Plano Estratégico Brasil livre de Peste Suína Clássica, que custará anualmente em torno de 30 milhões de reais e o projeto piloto em torno de 1 milhão e 600 reais. “De qualquer forma o recurso do governo visa estruturar o serviço veterinário oficial daquelas regiões e a iniciativa privada no desenvolvimento do programa de vacinação na ZnL. Por isso é necessário o empenho de toda a cadeia para dar início as atividades citadas no plano estratégico”, reforçou Marcelo Lopes.

Para fechar a reunião, o presidente da ABCS ponderou que neste momento a principal atividade da cadeia é fazer articulações políticas dentro dos seus estados. “Como encaminhamento da nossa reunião podemos afirmar mais que nunca que a ABCS está com o MAPA no combate e erradicação da PSC na ZnL. E, cada uma das afiliadas saiu com o dever de casa de convocar os seus governadores, prefeitos e por fim os parlamentares que fazem parte da Bancada Ruralista, pois precisamos levar esse problema de forma alinhada aos políticos e dar prioridade ao tema na execução do projeto piloto e consequentemente do plano”, explicou Lopes.