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Voltar Publicado em: quinta-feira, 11 de maio de 2017, 3h32

ABCS debate Plano Estratégico do Programa Nacional de Febre Aftosa

ABCS debate Plano Estratégico do Programa Nacional de Febre Aftosa

A retirada da vacina trará benefícios para todo o setor agropecuário

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) participou, nesta quarta-feira (10), da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Aves e Suínos do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) para debater a proposta inicial do Plano Estratégico do Programa Nacional de Febre Aftosa (PNEFA), que pretende tornar o Brasil um país livre da febre aftosa sem vacinação nos próximos 10 anos. Ainda participaram da reunião os representantes das cadeias de caprinos, ovinos, leite e derivados.

De acordo com o MAPA, na última década, o Brasil se destacou no mercado mundial de produtos de origem animal devido ao melhoramento progressivo da situação sanitária do seu rebanho. Segundo o coordenador-geral de sanidade animal do MAPA, Heitor David Medeiros, que também esteve presente na Câmara Setorial, a retirada da vacina irá beneficiar a pecuária brasileira. “Quando conseguirmos o status de retirada de vacinação, consequentemente teremos a melhoria do estado sanitário, e assim vamos diminuir as barreiras de comercialização, pois a febre aftosa é a principal barreira. Com certeza tanto o setor de suínos como os outros serão muito beneficiados nos mercados nacionais e internacionais”.

Para o diretor executivo da ABCS, Nilo de Sá, a retirada da vacina mostra a confiança que o governo tem sobre a cadeia, do ponto de vista sanitário e operacional da produção suinícola pouco será alterado, uma vez que os suínos não são vacinados para a febre aftosa. “A retirada da mesma no rebanho bovino demonstra a confiança do controle promovido pelo Serviço Veterinário Oficial, fortalecendo nossas barreiras contra nova ocorrência do vírus e trazendo maior segurança aos produtores de todas as cadeias e aos importadores. Não podemos deixar que nenhum mercado tenha desconfiança da sanidade do rebanho brasileiro. Fica cada vez mais difícil justificar a necessidade de vacinação se o país não reporta casos há mais de uma década”, argumenta De Sá.

O Presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Iuri Pinheiro Machado, que participou da Câmara Setorial, o status de livre traz toda uma melhoria do setor produtivo.  A retirada da vacina gera maior confiança, aumenta a credibilidade do mercado internacional, situação que se reflete em outras cadeias, que a princípio não tem nada a ver com febre aftosa. Ou seja, benefícios para a agropecuária brasileira.

O diretor do Departamento de Saúde Animal do MAPA, Dr. Guilherme Marques explica que a América do Sul caminha para o reconhecimento de área livre de Febre Aftosa sem vacinação. “Diante deste processo evolutivo, o Brasil, como um grande player no mercado exportador de carnes, deve ser pioneiro na retirada da vacina a fim de alavancar sua posição nos mercados internacionais”. Marques garante ainda que o Ministério está seguro do passo que deve ser dado nos próximos 10 anos com base nos dados de controle epidemiológico realizado periodicamente pelo Serviço Veterinário Oficial. “Confiamos em nosso setor produtivo e em nossos servidores para desenvolver uma transição gradual e segura para todos os envolvidos”.

O PNEFA determina que a retirada da vacina ocorrerá de forma regionalizada, com início em 2019 e conclusão em 2023. Para isso, foram levados em conta critérios geográficos, técnicos, estratégicos e estruturais, os quais delimitaram o território nacional em cinco blocos que avançarão gradativamente a condição de livres de febre aftosa sem vacinação.

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