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Voltar Publicado em: quinta-feira, 19 de abril de 2012, 12h18

ABCS e ACRISMAT reúnem produtores para falar da crise da suinocultura

ABCS e ACRISMAT reúnem produtores para falar da crise da suinocultura

 

Depois da proibição da importação de carne suína brasileira por parte da Rússia em 2011, iniciou-se uma crise no setor. De lá pra cá, os preços pagos ao suinocultor não evoluíram e todo o setor passou por uma grande desvalorização em cadeia. A falta de logística e a indisponibilidade de novos mercados, aliada ao instável mercado da carne, e os custos de produção que subiram substancialmente, agravaram a situação do suinocultor brasileiro, mas principalmente o mato-grossense. Atualmente, o preço médio no estado de custo por quilo de suíno produzido é de R$2,25, já o preço médio de venda praticado chega a R$1,50. O que resulta num prejuízo de R$0,80 centavos por quilo.

Por isso, o presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) Paulo Cézar Lucion, junto do presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, e também do Secretário de  Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, Carlos Luiz Milhomen, se reuniram no nesta quarta-feira, 18, no auditório da FAMATO com autoridades do estado para expor a crescente queda no valor do quilo do suíno e a reclamar ao executivo a falta de apoio para a cadeia suinícola.

Segundo Paulo Cézar Lucion, a entidade estadual já procurou o Governo do Estado neste ano, com expectativas de melhoras. “Pautamos todas as dificuldades e reivindicamos incentivos pontuais, como a isenção de ICMS na conta de energia dos produtores temporariamente, em caráter de emergência para amenizar a situação. No entanto, como resposta o Governo taxou o milho estocado em MT, por mais de um ano, em 17%, tornando o preço inviável e incompatível \com a atividade da suinocultura, causando ainda mais prejuízos para os suinocultores”, comentou Lucion.

 

Conforme o presidente, os suinocultores apresentam reivindicações como: incentivos fiscais emergenciais a exemplo do que já existe em outros estados; o retorno das bonificações sobre o consumo de energia elétrica; aumento do volume e a venda de milho balcão através da Conab; busca também o desenvolvimento de linhas de custeio para a suinocultura, além de criar uma política de preço mínimo para a carne suína.

Segundo o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, o Brasil é o quarto maior exportador de carne suína do mundo, e Mato Grosso é o quinto rebanho em escala do Brasil. “Nos leva a crer que nosso setor merece respeito e atenção do Governo de MT, pois atualmente são abatidos aproximadamente 170 mil suínos por mês, gerando milhões em impostos”, concluiu Marcelo Lopes.

Na ocasião foi assinado um termo de parceria Técnica com o Senac de Mato Grosso. Por meio da diretora regional do Senac Mato Grosso, Gilsane de Arruda e Silva Tomaz, irá viabilizar cursos gratuitos de cortes e culinária a base de carne suína para incentivar ainda mais o consumo.

 

 

 

Fonte: ABCS com informações da ACRISMAT
Publicado em 19/4/2012