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Voltar Publicado em: quarta-feira, 18 de dezembro de 2019, 2h56

ABCS encerra 2019 em agenda com a Ministra Tereza Cristina

Sanidade animal, IN 14, crédito e produção de conteúdo técnico foram os cernes dos trabalhos da entidade em 2019


Esta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) realizou a última reunião de 2019 com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina.  O encontro aconteceu na sede da pasta, em Brasília e contou com a presença de representantes da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (ABEGS) e da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Na oportunidade, a ministra contou que conversou com os governadores da região da Zona não Livre (ZNL) sobre a Peste Suína Clássica (PSC). “A reunião com os representantes dos estados foi muito boa e teve excelente receptividade, pois os governadores estão com vontade de resolver e isso é muito positivo, afinal precisamos do apoio estadual para erradicar a PSC”. Ainda priorizando a sanidade animal, Tereza Cristina disse que já foi aprovado recurso para o Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Defesa Nacional (Pró-Defesa), no qual também será utilizado para as questões sanitárias.

Durante a audiência o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, apoiou as medidas já tomadas pela pasta e ponderou a urgência do tema. “As questões sanitárias são prioritárias para continuarmos alavancando o crescimento da proteína suína no Brasil e nos mercados internacionais”. Lopes frisou ainda a necessidade de toda a cadeia atuar de forma proativa a biosseguridade.

Tratando ainda de PSC a ministra comentou que a pasta já está finalizando a normativa que libera a vacinação na Zona não Livre (ZNL), com intuito de implementar, ainda no primeiro trimestre de 2020, o Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica. O Plano foi lançando pelo Mapa no final de outubro e visa erradicar a doença nos 11 estados da ZNL da doença no país: Alagoas, Amapá, Amazonas (exceto parte do estado pertencente à zona livre), Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima.

A ABCS participou de alguns debates para a construção do Plano e segundo a diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke, é essencial a toda a suinocultura nacional se unir para tornar o Brasil livre de PSC. “O plano oficializado pelo Mapa traz a sustentação para promover ações efetivas de reestruturação de serviços veterinários oficiais e o retorno da vacinação, o qual gerará benefícios para todos os elos da cadeia suinícola” E, é essencial resolvermos esse problema, sendo fundamental a responsabilidade compartilhada entre o setor público e a iniciativa privada”.

A região de implementação do plano representa cerca de 50% do território brasileiro, onde se encontra, aproximadamente, 18% do rebanho suíno nacional, o que consiste em mais de 5 milhões de suínos, distribuídos em mais de 300 mil estabelecimentos rurais, predominantemente de pequenos produtores familiares. A diretora explica ainda que a PSC é uma das principais enfermidades que acometem a suinocultura.  “A vacinação é uma ferramenta útil, que precisa ser utilizada na ZNL para tornar o país livre da doença”, enfatizou Ludtke.

Outro tema tratado durante a agenda com a ministra e que causa preocupação em toda a cadeia suinícola é a Peste Suína Africana (PSA). O presidente da ABCS, ponderou a necessidade de fomentar a fiscalização via aeroportos e portos do Brasil. “Quanto mais fiscais federais agropecuários e cães detectores tivermos, melhor será a nossa fiscalização e demais barreiras para evitar a entrada da doença no país”.

A ministra concordou e disse que o Mapa já solicitou a compra de mais cachorros e solicitou mais servidores para os postos necessários. “A PSA é uma prioridade do Ministério, faremos de tudo para o Brasil continuar livre dessa doença e, para tanto, medidas práticas estão sendo tomadas, tais como a divulgação de campanhas publicitárias informando aos turistas a proibição de produtos de origem suína que venham do exterior e caso seja descumprido haverá multas para quem tiver trazendo”. Ainda argumentou, que em 2019 mais de 300 plantas frigoríficas brasileiras foram habilitadas ao mercado internacional, e esse trabalho continuará em 2020, por isso a necessidade se investir cada vez mais na defesa sanitária do nosso rebanho.

Balanço 2019: IN 14 e Crédito também foram prioridades da ABCS

Além da atuação assertiva em sanidade animal no ano de 2019, a ABCS trabalhou pela revisão da Instrução Normativa 14 de 2016 que institui normas para as fábricas de ração animal, estabelecendo os critérios e os procedimentos para fabricação, comercialização e o uso de medicamentos na alimentação animal. Junto com o pedido de revisão e ampliação do prazo, a ABCS realizou seminários para debater o tema e produziu material técnico referente ao assunto.

Lembrando que, em junho desse ano a IN entraria em vigor, mas o Mapa revisou o prazo da aplicabilidade da norma, postergando para 18 de julho de 2020. Segundo o presidente da ABCS a prorrogação foi realizada com intuito de que os produtores de fábricas de ração de uso próprio (não comerciais) consigam atingir uma pontuação viável e gradativa quanto às especificações estabelecidas na IN 14. “O Mapa foi muito cauteloso em estabelecer mais um ano para o setor, mas agora o setor produtivo deve fazer o dever de casa. Lopes, ponderou que é essencial a participação de todos na colaboração com a consulta pública da minuta de IN que será publicada nos próximos meses, e assim tornar a norma aplicável ao setor.”

Outro debate que a ABCS se posicionou foi em relação ao recurso do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (INOVAGRO), visto que é uma das linhas de crédito mais procuradas para inovações na área de sustentabilidade e bem-estar animal, dentro do Plano Agrícola Pecuário (PAP). Como resposta, no lançamento do PAP 2019/2020 foi anunciado que o Inovagro manteve o mesmo valor do recurso programado (R$ 1500 milhões), carência de até 3 anos e com as taxas de juros até 7% ao ano.  “Queremos mais recurso para essa linha em 2020, mas só do governo não diminuir o montante e manter os juros de 2018, foi muito bom para a suinocultura”, reforçou o presidente da ABCS.

2019 com muito conteúdo técnico

Já no primeiro semestre de 2019, a ABCS lançou a cartilha “Boas Práticas de Produção em fábricas de ração para uso próprio em granja de suínos”. Além do material, a entidade realizou Seminários Técnicos em diversas regiões do país, visando orientar e sensibilizar os suinocultores e seus colaboradores da importância do controle de segurança na produção das fábricas e do cumprimento das legislações para atender as demandas do mercado consumidor.

Outros materiais produzidos pela Associação foram as cartilhas de “ Doenças Virais de Importância na Produção de Suínos “e também a de “Prevenção e Controle Peste Suína Africana e Peste Suína Clássica“. Os conteúdos estão disponíveis no site da ABCS e representam uma maneira de auxiliar os profissionais da suinocultura sobre os perigos que existem e as medidas de prevenção que devem adotar como padrão no dia a dia das granjas. Acompanhando os materiais sobre doenças que atingem a produção suinícola, a ABCS realizou 15 workshops sobre tema, em diferentes estados e ao todo foram mais de 2.300 capacitados

Fonte: ABCS