Voltar Publicado em: sexta-feira, 18 de outubro de 2024, 10h01
ABCS integra compromisso coletivo em priorizar a erradicação da Peste Suína Clássica nos estados que compõem a zona não livre
O setor suinícola brasileiro, reconhece que a PSC limita o desenvolvimento da suinocultura nos 11 estados que compõem a ZnL, e alinhado junto ao MAPA verificam a necessidade destas regiões se desenvolverem
No dia 15 de outubro de 2024, as principais instituições que representam a suinocultura nacional participaram de uma reunião estratégica no Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (DAS/MAPA), relatando a importância do retorno da vacinação contra a peste suína clássica (PSC) na zona não livre (ZnL) visando a erradicação desta doença no país. Estiveram presentes a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Associação Brasileira de Estudos de Suínos (ABEGS), a Associação Brasileira de Veterinários Especialistas em Suínos (ABRAVES), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), além da Embrapa Suínos e Aves.
O setor suinícola brasileiro, reconhece que a PSC limita o desenvolvimento da suinocultura nos 11 estados que compõem a ZnL, e alinhado junto ao MAPA verificam a necessidade destas regiões se desenvolverem. Para isso, quebrar o ciclo da doença é de fundamental importância, com a retomada da vacinação contra a PSC na ZnL como uma medida essencial para assegurar a sanidade do rebanho da região norte e nordeste, promovendo o desenvolvimento social e a manutenção do mercado nacional e internacional. Durante o encontro, foi ressaltado que o retorno da vacinação e a realização de estudos soroepidemiológicos são passos fundamentais no avanço do Plano Estratégico “Brasil Livre de PSC”.
Segundo Marcelo Lopes, presidente da ABCS, “Os suinocultores da zona não livre enfrentam desafios únicos e, para que possamos garantir a continuidade e o desenvolvimento dessas propriedades, é crucial que avancemos nas ações de controle e erradicação da doença. O retorno da vacinação, aliado a um monitoramento eficiente, representa um passo vital para proteger os produtores, as suas famílias e as suas comunidades, assegurando que possam continuar produzindo com segurança e contribuindo para o crescimento do setor.”
Número de propriedades rurais, rebanho de suínos e população dos 11 estados que compõem a Zona não Livre de PSC
Compromisso das Instituições
As instituições presentes destacaram que estão plenamente comprometidas em apoiar todas as ações propostas pelo MAPA para erradicar a PSC, reconhecendo a gravidade da doença e os impactos econômicos que os focos causam. Representantes da ABCS, ABPA, ABEGS, ABRAVES, CNA e Embrapa Suínos e Aves expressaram sua confiança no sucesso dessas medidas, que incluem:
- Estudos soroepidemiológicos para delimitar áreas de risco e de priorização da vacinação;
- Implementação da vacinação em regiões prioritárias da ZnL, como no Piauí e Ceará, que registraram focos da doença entre 2018 e 2024;
- Reconhecimento de novos estados como livres de PSC, simbolizando o avanço da Zona Livre da doença.
Essas ações visam ter o real diagnóstico da situação na ZnL, bem como implementar o plano de vacinação e avançar com Zonas Livres da doença, desenvolvendo o segmento da suinocultura, principalmente em regiões que tem se consagrado na produção de grãos como o MATOPIBA.
A Importância da União de Esforços
A sinergia entre o setor privado e as instituições de pesquisa, aliada ao trabalho conjunto com o MAPA, fortalece o compromisso do Brasil em manter seu status sanitário e continuar avançando como um dos maiores produtores e exportadores de carne suína no mundo. Com mais de 5,2 milhões de toneladas produzidas em 2023, hoje o Brasil é o 4º maior produtor e exportador de carne suína mundial. Entre 2015 e 2023, o setor cresceu significativamente, com um aumento de 54,4% na produção doméstica e uma expansão de 130,3% nas exportações. Em 2023, a suinocultura movimentou R$ 371,6 bilhões, gerando aproximadamente 151 mil empregos diretos e mais de 1,1 milhão de empregos indiretos, com uma massa salarial superior a R$ 6,2 bilhões.
Portanto, a união de esforços entre essas instituições e o MAPA simboliza um grande passo rumo à erradicação da PSC e à manutenção dos mercados nacional e internacional, e o desenvolvimento do segmento da suinocultura em todo o Brasil.
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