Voltar Publicado em: quinta-feira, 16 de setembro de 2021, 4h04
Com uma série de eventos on-line, foram capacitadas mais de 3 mil profissionais para a Peste Suína Africana
A série de webinars, destinados para a suinocultura, contou com 4 treinamentos regionais (regiões Sul, Centro-Oeste, Sudeste e Norte-Nordeste) e 2 eventos nacionais
A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), em parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (ABEGS), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Embrapa Suínos e Aves, e a 333 Brasil, concluiu no dia 8 de setembro, mais uma entrega para a suinocultura brasileira, capacitando mais de 3 mil profissionais do setor. A nova série de webinars sobre Peste Suína Africana (PSA), doença infecciosa e fatal para suínos que vem causando prejuízos para a suinocultura em todo o mundo, foi realizada durante os meses de agosto e setembro, em 2 edições nacionais e 4 regionais, com o objetivo de treinar suinocultores, médicos veterinários, zootécnicos, servidores do Serviço Veterinário Oficial (SVO), e demais profissionais da cadeia suinícola, de modo a evitar o ingresso da PSA no Brasil, onde a doença foi erradicada em 1984, tornando o Brasil livre de PSA.
Para passar um panorama completo sobre a doença, os eventos regionais foram comandados por especialistas no tema, como o José Manuel Vizcaíno, Diretor do laboratório para Peste Suína Africana da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), o Chefe da Divisão de Sanidade dos Suínos do Departamento de Saúde Animal do MAPA, Guilherme Takeda, os médicos veterinários e Auditores Fiscais Federais Agropecuários Carlos Pizarro, Nilton Antônio de Morais, Newton Nascente Galvão, e os pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves, Janice Zanella e Luizinho Caron, que falaram sobre as características do vírus, sua disseminação, sinas clínicos, prevenção e contenção da disseminação (sacrifício sanitário), além de contextualizar seu histórico, relevância, e compartilhar as medidas para evitar a entrada do vírus no Brasil adotadas pelo MAPA e pela iniciativa privada, como o Plano Integrado de Vigilância de Doença dos Suínos, o Plano de ação para Prevenção de PSA e a campanha de conscientização para turistas em portos e aeroportos, bem como a campanha nas mídias digitais chamada “Peste Suína Africana, aqui não”.
A diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke que elaborou esta iniciativa, explica que é imprescindível munir a cadeia suinícola de informações diante do atual cenário. No dia 28 de julho foram confirmados focos de PSA em rebanhos de suínos nas províncias de Sanchez Ramirez e Montecristi, na República Dominicana, aumentando o risco de entrada nos diversos países do continente americano. “Reforço a necessidade de ampliarmos a vigilância em todos os países, de forma que havendo qualquer suspeita, seja notificado rapidamente ao SVO, para que nosso sistema não falhe e possamos atuar rapidamente no controle e resolução do possível foco. Estamos enfrentando, na suinocultura mundial, um diferente cenário no qual vivenciamos de 1978 a 1981, requerendo uma maior vigilância ao nosso rebanho e intensificação das medidas de biosseguridade, já que há a presença do vírus em cinco continente e uma grande circulação de produtos de origem animal pelo mundo. Portanto, temos que zelar pela sanidade do nosso rebanho.” Como representante nacional a ABCS vem trabalhando em conjunto com o MAPA, e com os órgãos estaduais de Defesa Agropecuária e as demais instituições que representam o setor privado para desenvolver e reforçar ações que evitem o ingresso da PSA no Brasil.