Voltar Publicado em: sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023, 3h31
Perspectiva política para a Suinocultura em 2023 é tema de reunião do Sistema ABCS
Mudanças no funcionamento do MAPA e a forma de atuação no Legislativo foram os temas principais da apresentação
Na última quinta-feira (09), durante a primeira reunião com as afiliadas da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), a consultora governamental da Associação, Ana Paula Cenci esclareceu algumas mudanças feitas na tomada de posse do novo governo, conduzindo a apresentação “O que esperar do cenário político em 2023”.
Segundo Cenci as mudanças no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) vão impactar diretamente os produtores de suínos. Segundo a consultora, as novas publicações no Diário Oficial da União estipularam que o MAPA passa a dividir suas atribuições com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e com o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA). Desta forma, a parte de fomento, como assistência técnica rural e abastecimento ficam no MDA, já a Embrapa e a parte de fiscalização estão com o MAPA.
“Na prática a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) está ligada ao MDA, ou seja, assuntos relacionados a subvenção do milho serão debatidos no MDA, mas o Plano Safra e as linhas de crédito continuam dentro do MAPA”, explicou Ana Paula.
Ainda na sua apresentação, Cenci falou sobre as expectativas do Legislativo junto à Bancada Ruralista. “Será um ano de muito trabalho, pois muitas pautas do Agro são consideradas oposição pelo novo governo”. Entretanto, a consultora lembrou que os temas do setor agropecuário já são conhecidos pelos presidentes da Câmara e do Senado, pois ambos foram reeleitos. “Arthur Lira, presidente da Câmara está junto com o Agro e já ratificou seu apoio ao setor, mas infelizmente no Senado o cenário não é o mesmo e o setor terá que construir”.
Para finalizar sua apresentação, a consultora comentou que as comissões da Câmara e do Senado estão sendo negociadas. “Nesse momento cada partido busca ter a presidência das Comissões Permanentes do Congresso e tudo indica que o maior partido da Câmara, o PL, deve ficar com a Comissão de Orçamento e a Federação Brasil da Esperança (PT, PcdoB e PV) devem ficar com a de Constituição e Justiça, conforme ordem de prioridade e escolhas”.